O DESCOMPASSO SUB-REGIONAL NORDESTINO: o caminho oposto à integração econômica
As transformações econômicas ocorridas no Nordeste a partir do período desenvolvimentista (1950) foram determinantes na formação econômica regional. Nesse período, ocorreu uma forte intervenção do Estado no sentido modernizar as estruturas produtivas no Nordeste, objetivando reduzir as discrepâncias macrorregionais brasileira. Para isso, o Estado, através da SUDENE, conduziu políticas de desenvolvimento de forma a integrar a nação. Porém, a missão de levar recursos a uma região subdesenvolvida não foi fácil. Uma vez que o capital tende a migrar apenas para aqueles solos que proporcionem a sua reprodução. Desta forma, alguns estados nordestinos foram mais beneficiados do que outros por conterem melhores estruturas para a recepção de novos investimentos. As novas unidades produtivas instaladas na periferia apresentaram-se com a característica de complementar a região polo de desenvolvimento, fato este que também ocorreram na esfera regional, em específico no Nordeste. Desta forma, com o crescimento das regiões mais dinâmicas, manifesta-se o efeito de transbordamento, alavancando o crescimento das regiões periféricas. Apesar das dificuldades encontradas, a região nordeste modernizou suas estruturas produtivas e infra-estrutura (logística). No momento mais recente, período de políticas de cunho neoliberal, os estados da região Nordeste passam a “disputar” entre si a interiorização de investimentos para seus territórios. Levantada essas questões, observa-se que há no Brasil, além de uma concentração econômica regional, existe uma concentração dentro das próprias regiões. Por esse motivo, o presente trabalho busca investigar como se deu a alocação do capital no Nordeste, objetivando analisar, principalmente, os efeitos do processo de integração do mercado nacional sobre a região nordeste.
Palavras-Chave: Desequilíbrios Regionais, Nordeste, Dinâmica Econômica.
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