Vida Acadêmica - Mestrado
Os principais desafios e superações de uma mestranda: não se nasce uma mestra da noite para o dia
Minha mesa de estudos na sala do Semapa - DPP (saudades...) |
A vida acadêmica exige uma grande dedicação. A minha
experiência com o mestrado acadêmico foi muito intensa e de muito aprendizado. Depois
de três meses pós-defesa de dissertação, decidi compartilhar essa vivência
acadêmica.
Eu sou graduada em Ciências Econômicas, pela UFRN. Durante a
graduação, aprendi muito e me apaixonei pela vida acadêmica. Tive a
oportunidade de ser durante três anos, aluna de Iniciação Científica. Foi minha
primeira experiência com grupo de pesquisa, proximidades com professores
universitários, apresentação de trabalhos em congressos e organização de
eventos acadêmicos. Apesar de muito intensa, essa primeira experiência, foi uma
fase de encantamentos pela academia. A dureza e realidade começaria no
mestrado.
Fiz o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Estudo Urbanos e Regionais da UFRN. Composta por professores do Departamento de Políticas Públicas. Um curso que me trouxe novas perspectivas sobre a questão regional e urbana com a sua característica interdisciplinar.
O mestrado nos apresenta vários desafios. Quando já se é
graduado, não se permite mais algumas falhas de principiantes. Existe a exigência
de possuir uma renda. A gente não se cansa de ouvir: Ah, mas você só estuda? Pois
é, assumi o desafio de fazer dois anos de mestrado acadêmico, sem bolsa, sem
renda, “só estudando”.
São inúmeras as requisições que são feitas aos alunos de
pós-graduação. O principal e a mais gritante exigência se refere aos prazos. No
mestrado temos apenas dois anos para dar conta de muita leitura, amadurecer os
estudos e produzir conhecimento. Somos como máquinas de escrever artigos e a
tão exigida dissertação.
O terceiro desafio que encontrei foi o de trabalhar um tema
totalmente novo no mestrado. Nos anos de minha graduação, sempre trabalhei com
desenvolvimento regional, na perspectiva econômica intersetorial. Mas, no
mestrado, assumi um novo tema proposto por meu orientador, prof. Fábio. Tive pouco tempo
para possuir uma profundidade de conhecimento sobre o tema. Foram muitas noites
e dias de leitura e reflexão sobre a temática. Foi muito difícil. Mas,
consegui.
O fato é que com todos esses desafios que me foram
apresentados durantes esses dois anos, eu aprendi muito. Amadureci em vários
aspectos: pessoal, profissional e emocional. Me sinto muito grata por essa
experiência vivida. Hoje, tenho a certeza do quanto o conhecimento é
maravilhoso e transformador. Me sinto muito mais forte do que antes. Com aquele
sentimento de que com muito trabalho, posso conseguir mais. Não posso deixar de registrar que as experiencias vividas foram bem mais leves e felizes por ter sido compartilhada com amizades especiais, nas quais sou muito grata.
Assim, é com alegria e gratidão que compartilho abaixo com vocês a
versão final da minha dissertação de mestrado e o link da defesa.
Saudações Acadêmicas!
Rebeca Marota.
Título da minha dissertação |
Segue abaixo o resumo
da dissertação.
SILVA, Rebeca Marota da. Dinâmica Socioeconômica das Eólicas no Rio Grande do Norte (2002-2015): Microrregiões e Políticas de Desenvolvimento Local. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e Regionais. Orientador: Fábio Fonseca Figueiredo. 2017. 145f.
Este trabalho analisa a dinâmica
socioeconômica do Rio Grande do Norte a partir da economia das eólicas (2002-2015)
e as microrregiões onde são instalados os parques eólicos no estado. Por essa
razão, é pedra angular dessa dissertação o focar na energia eólica como
proposta de desenvolvimento local, compreendendo-se como centro da análise, a
relação entre os investimentos eólicos e os territórios estudados. Para melhor
percepção de como é possível a dinâmica econômica de uma região periférica,
adotou-se como plataforma metodológica a investigação histórico-estruturalista
da escola cepalina. A pesquisa parte da análise dos fatos históricos que se
manifestaram em diferentes períodos, impactando positiva ou negativamente nas
estruturas produtivas e sociais. Como procedimentos metodológicos foram
realizados: revisão da literatura; observação empírica através de uma visita de
campo; e consulta e análise de documentos. Elegeu-se como principal
hipótese que apesar dos elevados investimentos, como é o caso da energia eólica
no Rio Grande do Norte, ocorre uma baixa interação com a dinâmica regional
local, não contribuindo para a diminuição de problemas estruturais, sociais e
econômicos de uma região periférica. Conclui-se
que apesar dos esforços nacionais em desenvolver o setor, no Rio Grande do
Norte, a dinâmica socioeconômica foi influenciada de forma tangencial no que se
refere a economia das eólicas, ou seja, sem profundas transformações. Destaca-se
a urgência
de concomitância entre as políticas nacionais de setor com as políticas locais
de desenvolvimento. A economia das eólicas revela-se como promotora de
desenvolvimento quando o Estado concilia as oportunidades que o setor
desenvolve. Caso contrário, a economia das eólicas servir-se-á dos territórios
em que se instala apenas como recurso para a reprodução do capital
internacional sem se espraiar progresso pelo local.
Palavras Chave: Desenvolvimento
Regional; Dinâmica Socioeconômica; Economia Das Eólicas; Microrregiões Eólicas;
Políticas de Desenvolvimento Local
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